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Baquité

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Descubra o Baquité, um cesto tradicional feito de palhas nativas dos territórios quilombolas do Pantanal. Este cesto é utilizado para transportar alimentos, ferramentas e utensílios essenciais para o dia a dia nas roças de toco. Em nosso Baquité digital, apresentamos uma seleção de novidades e sugestões de livros e publicações que consideramos fundamentais para o aquilombamento proposto pelo nosso projeto. Boa leitura!

LIVRO - LANÇAMENTO 

Entre a Terra e a Liberdade: 

Racialização Fundiária e a Resistência Negra no Brasil

Este estudo busca abrir novas portas para uma compreensão mais profunda da desigualdade no acesso à terra no Brasil, ao analisar as raízes históricas e estruturais que tornaram o país um dos campeões globais na concentração de terras. Mas nosso foco vai além dos números. Queremos entender como essa desigualdade se entrelaça com outros indicadores sociais, aprofundando a questão do racismo e da exclusão que afeta especialmente os povos afrodescendentes.
No Brasil, o não acesso à terra não é apenas uma questão de falta de recursos, mas um reflexo de um passado colonial que ainda molda as desigualdades de hoje. E, mais importante, não vamos nos limitar a falar apenas das classes dominantes, aquelas que historicamente se beneficiaram da expropriação das terras. Ao contrário, buscamos resgatar e dar visibilidade às narrativas silenciadas, aquelas das populações que foram sistematicamente excluídas da posse da terra, mas que, ao longo da história, protagonizaram lutas contra-hegemônicas essenciais.
Aqui, vamos revisitar a importância dos Quilombos e das insurgências como a Brecha Camponesa, que foram mais do que resistências: foram sementes de transformação. Não foi apenas sobre reivindicar um pedaço de terra, mas sobre a criação de alternativas ao modelo de sociedade colonial, alicerçadas na coletividade, na justiça e na preservação dos modos de vida sustentáveis e interdependentes com a natureza.
E é isso que nos impulsiona a perguntar: qual é, de fato, o lugar do negro na luta pela terra no Brasil? Será que a Reparação Racial tem um papel fundamental na construção de um novo modelo de Reforma Agrária? Essas perguntas estão no cerne da nossa reflexão, pois queremos entender como a estrutura fundiária brasileira se consolidou através da racialização e como isso impacta diretamente as populações negras.
Convidamos você a mergulhar nessas questões e refletir sobre a urgência de reconhecer essas lutas e dar-lhes o espaço que merecem. Afinal, compreender a história fundiária do Brasil é compreender as raízes das nossas desigualdades atuais. E somente assim podemos projetar um futuro mais justo e igualitário para todos.

 

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ATLAS AFRODESCENTES: TERRITÓRIOS ANCESTRAIS AFRODESCENDENTES E TERRAS COLETIVAS NA AMÉRICA LATINA E NO CARIBE

O Atlas Afrodescentes: Territórios Ancestrais Afrodescendentes e Terras Coletivas na América Latina e no Caribe, trata-se de um mapeamento da presença territorial dos Povos Afrodescendentes em 15 países incluindo Brasil, o estado de reconhecimento de seus direitos territoriais e a sobreposição com áreas de grande importância para a regulação e mitigação das mudanças climáticas e suas contribuições para a conservação. 

Publicado em setembro de 2024 pela Coalizão Internacional para a defesa, conservação, proteção dos territórios, meio ambiente, uso da terra e mudanças climática dos Povos Afrodescendentes da América Latina e do Caribe. Da qual a CONAQ Brasil faz parte. 

Este Atlas sobre os territórios ancestrais, assentamentos rurais e terras de propriedade coletiva dos afrodescendentes na América Latina é o resultado de uma parceria entre organizações, líderes, ativistas e acadêmicos do movimento social afrodescendente das Américas, a Iniciativa para os Direitos e Recursos (RRI, por seu acrônimo em inglês), o Processo de Comunidades Negras – PCN, e o Observatório de Territórios Étnicos e Camponeses – OTEC da Universidade Javeriana.

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RACISMO E SISTEMAS AGROALIMENTARES

Lançado pela CESE no dia 23 de agosto, o livro “Racismo e Sistemas Agroalimentares”, de autoria de Fran Paula, debate o racismo ambiental no Cerrado. A sistematização traz um pouco do registro das reflexões e aprendizados compartilhados durante a vivência dos encontros, diálogos e trocas com organizações, movimentos e povos do Cerrado. Estas atividades foram realizadas em 2021 e 2022, com o apoio do Instituto Ibirapitanga, através da iniciativa de Enfrentamento ao Racismo e Defesa dos Sistemas Agroalimentares. As narrativas presentes no livro aborda temas como Racismo Fundiário, Racismo Ambiental e Racismo Alimentar. 

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ESCREVIVÊNCIA POÉTICA E DA CULTURA ALIMENTAR DE CÁCERES

O projeto Escrevivência poética e da cultura alimentar das mulheres negras, pantaneiras, ribeirinhas e quilombolas de Cáceres/ MT, teve como objetivo registrar e divulgar a Escrevivência poética de mulheres negras, pantaneiras, ribeirinhas e quilombolas de Cáceres e promover a cultura alimentar do município e região, através da seleção e divulgação de receitas produzidas por essas mulheres que contribuem para manutenção da cultura alimentar, suas histórias, e importância para a região.
Ação que se reveste de grande relevância, uma vez que fortalece a identidade das mulheres negras, indígenas, pantaneiras e ribeirinhas de Cáceres, e incentiva a produção cultural, autoestima e o empoderamento dessas mulheres, que sofrem com a invisibilidade em uma sociedade machista e racista.
Produzido pelo Coletivo de Mulheres Negras de Cáceres em 2021, o projeto foi selecionado e recebeu recursos do Edital de Seleção Pública nº 01/2020-CMC - Lei Aldir Blanc, através da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura de Cáceres/MT.
Por fim, apresentamos o e-book como resultado deste lindo projeto, e que este sirva como uma referência histórica do talento, sensibilidade e do poder de cada uma dessas mulheres, sistematizado em cada poesia e receita a seguir.

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